“O meu povo se tem esquecido de mim, queimando incenso a deuses falsos; fizeram-se tropeçar nos seus caminhos, e nas veredas antigas, para que andassem por atalhos não aplainados”.(Jr 18.15.)
O caminho pode ser longo. O atalho é sempre mais curto. Parece que chegaremos mais rápido ao destino.
O caminho exige paciência. O atalho é a rota dos impacientes e daqueles que se julgam espertos.
O caminho tem suas regras. O atalho é livre, sem controle. Por isso, é mais perigoso também. É a rota dos aventureiros, rebeldes, fugitivos e independentes.
O caminho tem seu preço. O atalho é, aparentemente, mais barato ou gratuito.
O caminho é geralmente conhecido ou tem informações disponíveis. O atalho é imprevisível.
O caminho, mesmo que seja difícil, nos leva ao destino desejado. O atalho nem sempre termina onde gostaríamos.
Muitos querem ganhar tempo e perdem a vida. Querem pular etapas e pagam alto preço por isso.
O trabalho é um caminho. O furto é o atalho. O casamento é um caminho. O sexo ilícito é um atalho.
Para ter Isaque, Abraão precisava percorrer um caminho. Para ter Ismael, recorreu ao atalho.
Apesar das aparências, optar pelas rotas alternativas pode ser mais caro ou até fatal. Isto acontece quando abandonamos o padrão divino e resolvemos fazer as coisas ao nosso modo.
Deus nos promete um galardão no céu (Mt 5.12). Para isto, ele preparou o caminho: Jesus (João 14.6). Mas existem galardões na terra (Mt 6.2), alcançados por meio dos atalhos.
Judas Iscariotes abandonou o caminho e recebeu rapidamente o seu galardão (At 1.18). Entretanto, perdeu a salvação, o ministério e a vida.
Jesus veio estabelecer o Reino de Deus (Mt 4.17). Para isso, havia um caminho, que incluía a cruz e o túmulo.
Satanás lhe ofereceu os reinos deste mundo (Mt 4.8-9). Para isso, havia um atalho: adorar o inimigo (aparentemente simples, fácil e rápido).
Todos os que querem evitar a cruz, trocam o caminho pelo atalho, mas não chegam onde gostariam.
Deus nos prometeu a glória celestial, futura e eterna. Para isto existe o caminho: Jesus.
O mundo nos oferece vanglórias imediatas, temporárias e fugazes. Para isto servem os atalhos.
Vivemos no tempo do imediatismo. O homem moderno não pode esperar. Cinco minutos no trânsito parecem uma eternidade. Esta é a geração fast-food. Tudo deve ser instantâneo. Por isso, os atalhos têm sido a opção de muitos. Entretanto, a cultura cristã é outra. A longanimidade é característica de quem trilha um longo caminho, com paciência e esperança. A recompensa é alcançar, no tempo certo, todo o propósito de Deus.
“Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele; sem vos desviardes para a direita ou para a esquerda”. (Is 30.21.)
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